Hetero afetivo

Oi gente, voltei com mais uma Carta Aberta de Amores não correspondidos.
Na carta anterior eu contei a história da minha primeira vez e hoje irei contar sobre minha segunda vez.
A minha segunda vez foi a primeira vez com uma mulher, sim, tive experiência com mulher, a única da minha vida e foi quando tive certeza do que eu realmente gostava. MACHO!!
Bom, a minha primeira e única vez com uma mulher foi na época em que eu estava morando em Santa Catarina, mais precisamente na Praia de Canasvieiras no ano de 1996 com meus 18 anos.
Charlotte será o nome que darei para ela.
Eu conheci Charlotte através de um grupo de amigos que dividiam a casa onde eu morava em Canasvieiras. Naquela época eu ainda fazia a linha hétero, não era assumido.
Esse grupo de amigos eram muito de baladas, farra e eu já era mais tranquilo, mais caseiro. 
Como eu estava em santa Catarina para estudos em regime de semi internato, eu só ia para a casa aos finais de semana e nem sempre todos estavam na casa ao mesmo tempo.
Como eu era muito na minha, muito caseiro e não assumido, nunca me preocupei em arranjar uma paquera catarinense, ao contrário dos meus amigos que saíam todos os fim de semana à caça de alguém. 
Aos poucos, cada um deles acabou de "amarrando" a alguém. 
Como a gente mal se esbarrava na casa, não conheci a namorada de nenhum deles, até um fim de semana que acorreu de todos se encontrarem e cada um levou sua namorada, o que parecia que todas já se conheciam e uma deles levou uma que não era namorada de nenhum de meus amigos . Charlotte. Fui apresentado a ela, mas óbvio que não demonstrei nenhum interesse. Se eu não estava atrás de ninguém, imagina de uma mulher. Mas isso, como não assumido, me colocava numa situação que eu tentava evitar. Por ser solteiro, ninguém me via com uma garota, corria o risco da zoaçao, do que hoje conhecemos com bullying.
Mas eu nunca havia namorado com uma garota e nem tinha a intenção, então tentava de todas as formas fugir de algo sem parecer estar fugindo.
Mas não consegui por muito tempo, pois parece que já levaram a Charlotte para que ela ficasse desse em cima de mim, pois por mais que eu tenha tentado evitar, ela ficava atrás de mim, e aconteceu dela conseguir me pegar num momento que estava sozinho em casa e deu descaradamente em cima de mim.
O que eu ia fazer? Ou eu ficava com ela  ou seria taxado com gay. O que eu vergonhosamente assumo que tentava evitar.
Eu não lembro como foi a conversa, só lembro de já estarmos nos beijando no quarto. 
Foi só um beijo e dali já estávamos namorando. Tudo muito rápido, não?
Pra mim não significou nada, pois só lembro de poucos momentos com ela, 4 na verdade, e um foi da primeira vez com ela.
Estávamos sozinhos em casa, quando fazendo minha parte de namorado começamos a nos beijar, eu torcendo para que alguém nos interrompesse, mas meu amigos solidários nos deram privacidade. Que ódio!
O clima esquentou ( pra ela) de forma que eu não podia recuar, então pensei. " bora fazer logo pra terminar o quanto antes" . Uó!
Tranquei a porta do quarto. Não sei porque resolvi perguntar se ela já havia feito. Pergunta idiota. Mas ela respondeu que sim. Talvez eu tivesse a esperança de dizer que ela era virgem e eu inventar uma desculpa para parar. 
Mas tive que seguir a diante. Tranquei a porta do quarto, peguei uma camisinha e fui, sem saber o que estava fazendo direito, se acertaria o buraco.
Mas entrou, e fiquei com tanta pressa e medo do pau amoleceram que entrei de uma vez e só escutei o gemido dela no meu ouvido. Já estava dentro, então prossegui. Não estava com tanto tesão, mas mesmo assim gozei um poucos minutos. Acho que ela não. Mas eu não consegui dar continuidade, fingi satisfação e sai de cima dela. 
Mas ela não estava satisfeita. Já em outro quarto da casa, mais tarde, eu deitado, ela veio me procurar querendo mais. Então usei a desculpa que as mulheres usam quando não querem transar. Disse estar com dor de cabeça. Ela ainda insistiu, mas depois de um tempo já chateada desistiu. 
Mas o nosso relacionamento não durou muito, não lembro se eu já havia terminado com ela logo em seguida, só lembro que não houve mais transa, mas lembro também dela indo se despedir de mim quando voltei para o Rio de janeiro. 
Essa foi uma história da qual eu não correspondi. Valeu a experiência, mas que nenhum não assumido iluda uma mulher. Meu caso foi só experiência mesmo, apesar dela querer algo mais sério. Mas como era algo que eu não queria, não durou muito e a deixei ir. 
Eu acho que todo gay já teve sua existência com mulher, independente do motivo, história e situação. E eu acho válido, pela experiência e para ter certeza se realmente é gay ou bi. 
E você ( homoafetivo), já teve sua experiência hetero afetiva? Vocês acham que todos deveriam vivenciar essa experiência?

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