O cavalheiro da lotação

O ano, pra variar, não lembro, mas acredito que estava nos meus 19 anos. Estava indo para mais um dia de trabalho, ônibus extremamente lotado. O ônibus já saia praticamente lotado do ponto final, eu havia conseguido ainda pegar um lugar sentado no corredor. Conforme o ônibus ia passando pelo bairro, ia ficando cada vez mais cheio. Eu, mesmo sentado, tinha mania de segurar no ferro do assento da frente para me dar mais um apoio.
Conforme o ônibus ia enchendo, as pessoas iam se expremento em pé e se encostando nas que estavam sentadas. O ferros já não tinham mais espaço para tantas mãos.
Até que, totalmente distraído, senti a mão de alguém que estava em pé ao meu lado, pousar na minha que estava segurando o ferro.
Uma mão gostosa, grossa porém macia de um homem. Na hora me senti constrangido, mas ao mesmo tempo pensei " minha mais estava aqui primeiro, ele que tire". 
Ele não tirou.
Ele notando que deixei ( permiti) deixar sua mãos na minha, ele deve ter deduzido um sinal verde. 
Eu notei então que ele aproveitava o balançar do ônibus para deslizar sua mão na minha, como uma carícia. Aquilo começou me excitar.
De repente ele começou a deslizar sua mão para frente no sentido ferro e esticando seu dedo do meio. Na hora eu entendi sua intenção e eu deslizei minha só que no sentido contrário deixando livre a palma da minha mão. Então seu dedo a encontrou e fez aquele toque que nós conhecemos .
Esfregou seu dedo do meio na palma da minha mão. Pra quem não conhece, esse ato é um convite para transar.
Isso tudo acontecendo com o ônibus lotado.
Ele vendo minha permissão, continuou mais alguns minutos acariciando minha mão até que senti ele encostar no me ombro. Um volume enrijecido começou roçar no meu ombro, em contrapartida, eu comecei a soar frio, tremi na base mesmo.
Resolvi retribuir.
Comecei movimentar meu ombro em um movimentos circulares e discretos. 
Ficamos assim até chegar o ponto de descida dele. 
Achei que fosse ficar por isso mesmo, mas antes dele descer, ele abaixou até próximo do meu ouvido, pediu meu telefone. Na época, não era todo mundo q tinha telefone, e eu acabei dando o da minha vizinha sem pensar direito.
Não é que ele ligou no mesmo dia a noite. 
Combinamos um motel após o trabalho no dia seguinte.
Ambos trabalhávamos no mesmo bairro. 
Foi minha primeira vez com outro cara após meu primo na infância ( volte 2 contos atrás) . 
A transa foi horrível. Cara não sabia fazer a parada e ainda me deixou sangrando só em tentar a penetração. Deixou um pentelho na minha boca, e o beijo zero sintonia.
A brincadeira no ônibus foi melhor que o ato em si. 
Depois disso esbarrei só mais uma vez com ele no ônibus onde só faltou ele me estuprar.
O ônibus estava vazio, era um fim de semana e eu estava indo para meu plantão.
Ele entrou no ônibus uns pontos depois do meu, me viu e sentou ao meu lado. Os motoristas dessa linha tinham costume de apagar as luzes para que os passageiros pudessem ir dormindo na viagem. O rapaz de aproveitou disso para enfiar a mão por dentro da minha calça. Tentei discretamente evitar, mas ele realmente forçou. Eu já não tinha mais nenhum interesse nele devido a péssima noite no motel. 
Ele insistiu mais alguns minutos. Como ele viu que eu estava sem interesse mesmo, já que não fiquei excitado, desistiu. Disfarçamos uma conversa no resto do caminho, ele desceu e nunca mais eu o vi.

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